Publicado no Estado de Minas
Ia escrever sobre o feriadão carnavalesco, que passei cercado de tanto afeto de amigos, que se deu o prodígio de ter trabalhado menos e escrito mais. Ou o terremoto-tsunami japonês, com 8,9 pontos na escala Richter que me tocou. Porém, a mensagem da professora Myrian Naves mudou bruscamente meu assunto. Morreu o professor Herbert Magalhães Alves, que não conheci, mas cuja visão do post mortem diz do seu espírito nobre e da honra que seria conviver com ele. Catedrático de química orgânica da Escola de Engenharia da UFMG, foi um pesquisador e apaixonado homem de ciência, avesso à burocracia dos órgãos de ciência do país. Tido como taciturno e discreto, era admirado por alunos, discípulos, colegas, e sua sucessora, professora Dorila P. Veloso, a quem tampouco conheço, que o reverenciou em comovente nota biográfica, na qual lembra, seu arriscado empenho em preservá-la da fúria repressora da ditadura militar. |